Sem condições de trabalho, servidores do pedágio de Bueno já falam em paralisação. Fiscalização do MTE está em andamento.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) está fiscalizando problemas trabalhistas na praça do pedágio de Bueno de Andrada, o famoso pedágio da Coxinha. A informação foi confirmada por Milton Bolini, Gerente Regional do Trabalho. A denúncia partiu do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar).

A fiscalização do MTE começou há cerca de um mês e está verificando situações como falta de segurança, de limpeza e outros problemas relacionados às condições de trabalho dos servidores do pedágio, como as questões ergonômicas, que podem trazer problemas sérios de saúde para os trabalhadores. O Gerente Regional do Trabalho afirmou que só comentará sobre a fiscalização depois que ela estiver encerrada.

Há mais de um ano, os servidores tentam uma solução diretamente com a Prefeitura. Sem solução, eles procuraram o vereador Elias Chediek Neto (PMDB), que foi duas vezes até o pedágio, fez fotos, apareceu bastante, mas não resolveu nada. Diante das negativas, os servidores procuraram o Sismar.

Com apoio do Sindicato, o caso foi levado para a Gerência Regional do Trabalho e Emprego, que iniciou uma série de audiências de mediação. Mas a negociação não trouxe os resultados esperados. Como nada foi resolvido satisfatoriamente nas mediações, o Sismar pediu uma fiscalização do MTE. As mediações continuam, independente das fiscalizações.

Na última audiência, realizada dia 1º de outubro, a Prefeitura mais uma vez não trouxe as soluções desejadas. O Sindicato está se organizando junto com os servidores que trabalham no pedágio e já avisaram a GRTE e a Prefeitura sobre a possibilidade de uma paralisação caso os problemas não sejam resolvidos imediatamente.

“As fiscalizações do MTE são bem rígidas. A Saúde levou 12 autuações por causa de problemas que poderiam ter sido evitados, coisas que nós já tínhamos alertado. Será que vai acontecer de novo?”, questiona Luciano Fagnani, diretor do Sismar. “Com um faturamento de R$ 270 mil por mês, não dá pra aceitar a desculpa de que falta dinheiro para colocar um toldo”, completa.

Risco