Nossa Visão


  • 13/10/2014- Autor: Marcelo dos Santos Roldan

    Sindicato em expansão

    Enquanto parte do sindicalismo cai em descrédito por conta de velhas práticas e atrelamentos políticos que nada trazem de positivo para os trabalhadores, há sindicatos e sindicalistas que lutam de forma honesta para organizar e unir categorias em defesa de seus direitos e são reconhecidos por isso.
    A tarefa fica mais difícil por conta de “forças” que trabalham contra. Dentro da própria categoria surgem boatos absurdos, a chamada “radio peão”. Pessoas mal informadas (ou mal intencionadas) criam suas versões da “verdade”, desunem e enfraquecem a categoria por conta de seus próprios medos e frustrações.
    Há os “paus mandados”. Estes defendem suas gratificações e sempre apoiarão o patrão. Ainda tem a imprensa. Esta, muitas vezes, acaba por confundir os trabalhadores. Lógico que não podemos generalizar, mas, via de regra, temos que lutar muito para fazer as informações corretas chegarem aos trabalhadores ou para desmentir informações falsas.
    Desta lista de problemas a serem enfrentados, o medo é o mais relevante. O medo em si não é tão problemático. O problema é o medo desinformado, o medo sem sentido de ser ou existir. Este, apesar de ser muito comum e tirar muita gente da luta, desaparece quase completamente quando agimos de forma coletiva, ou seja, quando estamos unidos. Unidos ficamos muito mais fortes e tornamos mais fácil a conquista de vitórias.
    Não é à toa que o nome do Sindicato é: Sindicato dos Servidores. São os servidores que fazem o Sindicato e podem escolher os rumos a serem tomados a cada data-base, a cada mobilização, a cada luta.
    O SISMAR está entrando num novo momento de sua história e mudanças importantes estão acontecendo. A sede do Sindicato está em reforma, convênios estão sendo ampliados e trazem novos benefícios para os servidores sindicalizados. Nosso departamento jurídico acumula conquistas muito significativas e direitos negados por décadas aos servidores estão sendo gradativamente restabelecidos.
    Nosso departamento de Comunicação vem conseguindo trabalhar de forma séria e independente e chega a pautar a imprensa regional. Tudo isso assume agora um ponto crucial para o crescimento da estrutura e para o fortalecimento definitivo da árdua luta do Sindicato e de toda a categoria: A reforma do Estatuto Sindical. Esta reforma tem por objetivo adequar e modernizar o Estatuto do Sindicato para que os servidores sejam cada vez melhor e mais rapidamente atendidos. Já somos mais de 3.000 “sismados” em toda a região e o número de servidores sindicalizados só aumenta todos os meses. Temos falhas e problemas a serem resolvidos, mas lutamos muito para fazer o melhor para cada servidor que nos procura. Para isso contamos com toda a categoria para melhorar mos ainda mais nosso trabalho. Vem pro SISMAR! Vem pra luta!

  • 21/07/2014- Autor: Raphael Pena

    A culpa é de quem?

    A dívida da Prefeitura de Ararquara está chegando próximo ao impagável. Estamos à beira da inviabilidade dessa Administração.
    É preciso ser franco. A cidade pode sofrer graves consequências. A população tem que saber.
    E talvez tão importante do que saber previamente as consequências, para poder se prevenir, é saber as causas, para poder evitar que o problema se repita.
    E o problema não é a redução dos recursos que vêm do Estado e da União, mas sim a péssima gestão do dinheiro público.
    Em Araraquara, o Governo Barbieri gastou dinheiro como se não houvesse limites. Contratou e ainda contrata cargos comissionados diariamente, contratou empresas terceirizadas irregularmente, paga uma fortuna de aluguéis de imóveis enormes sem necessidade, gasta com aluguel de carros o suficiente para comprá-los, com celular de sub-prefeito e secretário, secretário da Fazenda recebia duas vezes, uma gastança sem controle.
    E ainda cometeram um erro fatal ao subestimar a força do SISMAR e dos servidores. Com mãos de ferro, Barbieri aterrorizou os funcionários, demitiu agentes da dengue às vésperas do Natal, ampliou a jornada dos professores mesmo sabendo que era contra a Lei, fez descontos indevidos na folha de pagamento dos servidores, enganou mais de 2 mil funcionários com uma promoção que foi parcelada, pagou férias fora do prazo, horas-extras a menor.
    Porém, tudo isso virou ação que a Prefeitura perdeu na Justiça e está tendo que devolver ou pagar em forma de indenização aos trabalhadores. Toda a malvadeza de Barbieri contra os servidores se voltou contra ele rapidinho. Assim como a gastança, virou conta para pagar.
    No ano passado, já sem dinheiro pela falta de planejamento e dos gastos abusivos, a Prefeitura deixou de pagar alguns precatórios, algumas ordens judiciais, e está preses a ter bloqueados os recursos do ICMS e do Fundo de Participação do Municípios (FPM).
    E por que não pagou os precatórios? Porque desperdiçou dinheiro público de forma impressioonante e não sobrou para o básico, as contas.
    Caso perca estes recursos, a Prefeitura pode ficar inviabilizada, ou seja, não ter dinheiro nem para pagar os próprios funcionários. Seria o caos. Serviços importantes entrariam em colapso em poucos dias. A população mais pobre seria a primeira a ser prejudicada.
    Por este motivo é preciso manter a clareza de quem são os responsáveis pela calamidade, para que não venhamos a acusar a Justiça os os servidores por terem quebrado a Prefeitura.Quem provocou toda essa situação foi o Governo, quem quebrou a Prefeitura foi o Governo, foi ele que desperdiçou dinheiro público em falcatruas, ele que não cumpriu as leis. A consequência está aí. E a causa é o descaso com o dinheiro público.

  • 16/04/2014- Autor: Vito Giannotti. É escritor e um dos coordenadores do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC)

    Comunicação e hegemonia

    Já é lugar comum repetir que no Brasil não se lê quase nada. Livros, jornais, revistas e coisas parecidas não são nossa paixão. Certo, isso já é sabido, como é sabido que a mídia comercial/patronal goza de todas as facilidades da concentração de poder em suas mãos. E ela usa todas as armas para garantir o poder nas mãos da classe empresarial, sem nenhuma preocupação com a objetividade, a imparcialidade e consequentemente a verdade.
    De uns anos pra cá, muito se fala da democratização da mídia. Sim, reclamamos do poder das seis ou nove famílias que detém rádios, Tvs, jornais e revistas. Reivindicamos até uma “reforma agrária” nas ondas magnéticas.
    Tudo isso é mais do que justo e necessário, mas precisamos ter coragem de olhar para os passos que nós de esquerda poderíamos dar e não damos. Quem nos impede de criar nossos jornais e revistas? Jornais para disputar a hegemonia na sociedade, como nos ensinou Gramsci.
    Lênin, em 1901, respondia à questão “Por onde começar?” de maneira muito direta: “por um jornal político para toda a Rússia”, escreveu. Hoje ele falaria do uso de todas as mídias, do jornal ao rádio, à TV e a todo o arsenal da mídia eletrônica. Hoje, não se trata mais de um jornal único, como de um partido único. A experiência das lutas do século 20 nos ensinaram que podemos fazer vários jornais no nosso campo de esquerda. E, o Brasil de Fato é apenas um exemplo de que se pode fazer nossa imprensa. Do roxo ao cor de rosa, passando pelo “vermelho, vermelhinho, vermelhão” são variações legítimas do campo da esquerda. Cada um defende sua visão de mundo, com sua sensibilidade específica.
    Mas o que precisamos é comunicar, divulgar, disputar nossa visão de mundo. Apresentar, propagandear e desfraldar nossos valores, totalmente antagônicos aos valores da classe patronal muito bem apresentados por toda a mídia patronal.
    É possível parar de choramingar e fazer nossos jornais, revistas, rádios e usar todas as ferramentas eletrônicas. Para isso precisamos dar vários, muitos passos. Mas o primeiro é nos convencermos que sem uma comunicação politizada, diária, muito bem feita e escrita ou falada na língua dos “normais” não conseguiremos convencer milhares e milhões de nossas propostas. A batalha da hegemonia exige convencimento e força. Força das nossas organizações, força das instituições e das leis que impusermos. Convencimento é pela nossa comunicação. Por isso vamos criar nossos instrumentos de comunicação, os mais unificados possível, para construir o “outro mundo”: um mundo socialista.

    Artigo originalmente publicado na edição impressa 450 do jornal Brasil de Fato.

  • 13/02/2014- Autor: Marcelo dos Santos Roldan

    Pronto para ficar sem receber???

    A (ir)responsabilidade da Câmara Municipal com a cidade.

    Ontem (12/02/2014), ocorreu uma audiência pública na Câmara Municipal de Araraquara. O Secretário de Finanças não compareceu para esclarecer a situação da Prefeitura, o que só reforçou as preocupações com as contas públicas.
    Na mesa estavam o presidente João Farias Farias, os professores e ex secretários de finanças Alvaro Guedes e José Eduardo Oliveira.
    Para quem teve a oportunidade de acompanhar a audiência ficou claro que Araraquara QUEBROU. A Prefeitura não tem mais condições de honrar seus compromissos e os serviços, que já estavam precários, vão piorar muito este ano. Manobras no mínimo muito duvidosas envolvendo o DAAE e um empréstimo no valor de R$ 25 milhões só colocam mais problemas para o Município.
    O valor das dívidas da Prefeitura só cresce e ontem foi mencionado o montante de R$ 200 milhões. Muitas empresas que são contratadas para prestar serviços não estão recebendo em dia e a prestação dos serviços vem perdendo qualidade faz tempo.
    Preocupação maior devem ter os servidores municipais. Atrasos e bloqueios no tíquete já deram o primeiro alerta de que algo está pra "zicar". Agora teremos cortes drásticos em várias secretarias, o que só vai piorar os atendimentos e as condições de trabalho.
    Enquanto os números enormemente negativos apontam para a necessidade de contenção de despesas, a Administração nomeou todos os cargos de confiança e comissionados que podia, causando um desequilíbrio na harmonia dos serviços públicos, muitas injustiças e uma significativa piora nos ambientes de trabalho.
    A lógica de alguns servidores é sugar o que puder e trair sua categoria para tirar proveito deste mercado de compra e venda de almas.
    O descontentamento da categoria é claro, mas ainda não tem sido combustível para trazer a categoria para o debate, mesmo com todos os sinais de falência da Prefeitura.
    Enquanto a cidade vai indo para um buraco cada vez mais profundo, vereadores e vereadoras dão carta branca para o prefeito acabar com as finanças e principalmente com o futuro de Araraquara. Superestimam o orçamento e não fiscalizam os gastos públicos, negociam secretarias e cargos como se estivessem num "clubinho" de amigos, aprovam tudo o que o prefeito quer sem questionar nada. Isso é uma vergonha e principalmente uma irresponsabilidade.
    Outro fato lamentável é a atenção dada pela imprensa à grave situação das finanças do Município. Mesmo com as revelações gravíssimas de ontem, mesmo com os alertas de que os serviços públicos já estão parando e que os servidores podem ficar sem receber, as capas dos principais jornais da cidade mostram uma Araraquara maravilhosa, onde as maiores preocupações estão relacionadas ao calor e aos prováveis candidatos nas próximas eleições...
    Quando as pessoas acordarem para o que aconteceu com a Cidade já será tarde e eu poderei dizer: "Eu avisei... e avisei faz tempo..."

  • 07/10/2013- Autor: Valdir Teodoro Filho - Presidente do Sismar

    Sócio e não sócio

    São tantas as lutas e experiências que evidenciam, mas o interessante é que ainda existem pessoas que ignoram o fato de que o sindicato atua diariamente em favor de não associados, seja no tocante à condições de trabalho seja nas negociações coletivas ou ainda em questões que envolvem setores específicos do funcionalismo. Essas pessoas desconsideram que o sindicato defende toda a categoria em juízo nas Ações Civis Coletivas, como a da Insalubridade das merendeiras, da Carga Suplementar e da Lei do 1/3 dos Professores, da jornada noturna de todos os que atuam das 22h00 em diante, dos 16% (prestes a receber sentença) a todos os que foram aprovados na avaliação de desempenho.
    Ignoram o fato de que o sindicato discute em vias administrativas o trabalho nas escolas, nas unidades de Saúde, da Assistência, no Centralizado, etc. O sindicato atua no âmbito do Ministério Público do Trabalho, da Gerência Regional do Trabalho; acompanha o processo legislativo, de olho em cada projeto que diz respeito a servidores. O Sismar é a entidade sindical com maior número de procedimentos em curso na GRT e no MPT e, sem dúvida, com o maior volume de ações na Justiça do Trabalho. Mas alguns acham que isso não é relevante.
    O sindicato foi o instrumento que mobilizou a categoria para conquistar e manter as 6 abonadas. Assim, quem reclama do dia trabalhado para pagar o imposto sindical – do qual 60% é destinado ao sindicato, seria pertinente refletir, afinal, como compensação são 6 dias abonados, graças à luta instigada por esse mesmo sindicato.
    Esses apontamentos são dirigidos àqueles que não conseguem perceber a injustiça que cometem contra os seus colegas que sustentam com mensalidades as incontáveis e permanentes ações do Sismar. A esses, vale voltar no tempo para que compreendam o significado de sindicato e lembrar que este foi uma construção da classe trabalhadora, pela vontade e consciência de que lhe servisse como instrumento de proteção e de organização para conquista e manutenção de direitos. As bases dessa instituição estão no princípio da SOLIDARIEDADE, pelo qual todos contribuem minimamente para que todos sejam assistidos e amparados. A legislação, posteriormente, apenas referendou o estabelecido no princípio da liberdade e consignou que “ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado aos sindicatos”.
    E esse exercício de vontade é diretamente vinculado ao fato de que, da livre opção de não contribuir com o sindicato nasce a óbvia condição de se delimitar os benefícios a serem oferecidos entre uns e outros. Exemplificando: se opto por trabalhar na informalidade e economizar os valores que seriam pagos ao INSS, é certo que não posso me beneficiar daquilo que pagam outros trabalhadores e exigir direitos, como o Auxílio-Doença e Aposentadorias. O mesmo ocorre nos clubes (quem não paga não desfruta das piscinas); nos seguros (quem não paga não tem ressarcimento nos casos de sinistro); nos planos de saúde (quem não paga não utiliza dos serviços), ou seja, é mera questão de coerência, de senso de justiça e, como já dito, de SOLIDARIEDADE entre trabalhadores.

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