Uma servidora pública municipal que prefere não se identificar foi agredida ontem, 20, no plenário da Câmara Municipal durante a sessão plenária.

A violência foi cometida por Rudi Bauer, coordenador de Segurança Pública, e por dois Guardas Civis ainda não identificados a mando do presidente da Câmara João Farias (PRB), com o intuito de colocar a trabalhadora para fora do plenário. Detalhe: fora a segurança e os vereadores, ela era a única pessoa ali. Os outros manifestantes estavam impedidos de subir as escadas da Casa do Povo, também por ordem de João Farias.

Pelo relato da servidora agredida, depois da ordem expressa de Farias – “Tirem ela daqui” – por conta de perguntas que ela dirigia ao presidente, Bauer e um guarda a pegaram com violência pelo braço e outro GCM a segurou pela perna, levantando-a da cadeira. Diante de sua resistência e dos gritos de alguns vereadores, os agentes de segurança a largaram. Ela registrou Boletim de Ocorrência e afirmou que vai levar o caso às últimas consequências.

Bauer e alguns poucos guardas que aceitam suas ordens ilegais têm agido com violência não é de hoje. Em abril, Raphael Pena, jornalista do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), foi retirado à força por Bauer e outros quatro guardas civis de dentro de uma coletiva de imprensa, na Prefeitura.

A sessão plenária desta terça-feira foi tumultuadíssima por conta de um panelaço realizado pelo movimento social Transporte Justo e acabou com um incêndio na garagem da Câmara e a saída, sob protestos, da bancada petista, por causa da agressão à servidora.

Valdir Teodoro Filho, presidente do Sismar, informa que vai acompanhar o caso até o final. “Agressão a qualquer cidadão é inadmissível, ainda mais dentro do que deveria ser a Casa do Povo e por agentes de segurança pagos com dinheiro público. Os Guardas Civis Municipais envolvidos poderão ser expulsos do quadro de associados do Sismar e o senhor Rudi Bauer terá que responder na justiça às atitudes violentas que tem tomado”, declara.