A Prefeitura de Araraquara armou uma bela arapuca para justificar a terceirização da Saúde e entregar o patrimônio público nas mãos de uma empresa privada, chamada de OS, ou Oscip.

Não cumprir o acordo feito com os médicos, de incorporar a gratificação, fez parte do plano. Sem a incorporação, o salário de um médico mensalista da Prefeitura é de pouco mais de R$ 2,5 mil. E foi com esta remuneração baixa que o edital para contratar médicos foi aberto. Resultado: apenas cinco profissionais se interessaram pelas vagas.

A baixa procura pelo concurso foi um dos argumentos usados como justificativa para a contratação da OS ou Oscip. Além disso, com as péssimas condições de trabalho vividas atualmente nas unidades de saúde, mais médicos se demitiram nos últimos meses, deixando ainda mais precário o atendimento e abrindo o caminho para Organizações Sociais interessadas na boquinha da Saúde pública de Araraquara.

Somos contra a contratação destas organizações para atuar na Saúde pública. A experiência que tivemos aqui foi um desastre. Muito dinheiro público jogado fora, atendimento ruim e suspeita de fraude na contratação.

A Saúde é um direito fundamental do cidadão brasileiro, obrigação do poder público e não pode ficar nas mãos destas entidades que não tem responsabilidade para com a população. A Saúde é um dos principais serviços públicos e deve permanecer pública de preferência com uma gestão mais transparente.