Numa luta travada boa parte nas páginas e sites dos jornais de Araraquara, os médicos e o Sismar levaram a melhor e conquistaram tudo o que era pedido pela categoria: salário compatível com sua atividade e melhores condições de trabalho.

Os médicos não começaram a batalha sozinhos. Eles estavam amparados em duas entidades que os representam em outras esferas, a Assocação Paulista de Medicina (APM) e o Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp). Nesta condição, foram às negociações com a Prefeitura e logo perceberam que não seria fácil. Após algumas idas e vindas, o secretário de Saúde acenou com um salário de R$ 6 mil, mas depois da aprovação da proposta pelos médicos ele voltou atrás.

O Sismar apresentou-se aos médicos para colaborar nas negociações quando eles manifestaram a intenção de fazer um dia de paralisação.

A categoria entrou em estado de greve no início de abril e a paralisação foi adiada na tentativa de avançar com o diálogo, mas a Prefeitura fechou as portas assim que soube da notícia.

Indignados com a postura do secretário e do prefeito de suspender a negociação, os médicos decidiram fazer um dia de greve.

A Prefeitura endureceu o discurso e foi à imprensa dizer que a paralisação era ilegal, que os médicos seriam punidos e que não negociavam com grevistas.

Mas a adesão massiça dos médicos ao movimento fez a Prefeitura recuar em menos de 24 horas.

Com a intervenção dos vereadores Aluizio Bras e João Farias, uma reunião foi agendada para a tarde do mesmo dia.

Depois de muito espernear, o prefeito Marcelo Barbieri cedeu e pôs no papel tudo que os médicos reivindicavam.