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21/07/2014 11:19 - Autor: Raphael Pena

Manter a UPA no Selmi Dei custa 5 vezes mais caro que Sala de Estabilização

Mesmo com histórico de baixa procura e com dificuldade de encontrar médicos, Prefeitura insiste em construir UPA no mesmo bairro onde fechou Sala de Estabilização.

Sala de estabilização foi fechada por falta de médicos e baixa procura

Quem constrói a UPA é o Governo Federal, mas a Prefeitura gasta perto de R$ 800 mil por mês para mantê-la, no caso da Central.

Se o gasto mensal da Prefeitura por mês com a futura UPA do Selmi Dei for a metade disso, ainda assim seria cinco vezes maior do que os R$ 80 mil investidos para manter a Sala de Estabilização que foi constuída como contrapartida mal explicada de uma empresa (R$ 750 mil), e foi fechada pela Prefeitura há quatro meses, dois anos depois da inauguração.

Baixo número de atendimentos e dificuldade de contratar médicos: foram estas as explicações para o fechamento das salas de estabilização do Vale do Sol e do Selmi Dei e também do Núcleo Integrado de Saúde (NIS)em março deste ano.

Agora, a Prefeitura está construindo um prédio para ser a UPA do Selmi Dei ao custo de R$ 2,2 milhões, verba do Governo Federal, com capacidade para atender 150 pacientes por dia.

E lá se foram R$ 750 mil da Sala de Estabilização, mais R$ 2,2 milhões da UPA, mais o custo mensal de manutenção. Seja municipal, estadual, federal ou de contrapartidas, é dinheiro público, que deveria ser alvo de fiscalização severa da população e, por obrigação constitucional, da Câmara Municipal.

Com a decisão do Governo Barbieri de construir uma UPA no mesmo bairro onde se fechou uma Sala de Estabilização meses antes, algumas perguntas ficaram no ar.

1- De onde vão sair 150 pacientes por dia no Selmi Dei? Pelas contas da própria Prefeitura, no mês de fevereiro a Sala de Estabilização do bairro realizou, em média, 13 atendimento por dia.

2- Se existe mesmo a necessidade de atendimento de urgência e emergência no Selmi Dei, por que fecharam a Sala de Estabilização?

3- De onde virão os médicos necessários para atender 150 pessoas por dia no Selmi Dei? A própria Secretaria de Saúde, com seus muitos secretários, alega que foram abertos diversos concursos e não se consegue contratar médicos. “Tentamos escalar médicos para prestarem atendimento nas Salas de Estabilização e apresentaram atestados médicos”, disse Wilson Aravechia, secretário da Pasta na época do fechamento das unidades. O que mudou nos últimos meses?

4- A empresa que fornecia os guardas armados para a Prefeitura suspendeu o contrato por falta de pagamento. A dívida chegava a R$ 9 milhões. Haverá segurança armada na UPA? A pergunta é pertinente, pois já tem gente nos bastidores apostando que a UPA do Selmi Dei não dura um ano se não tiver segurança armada. Dificilmente aceitarão trabalhar lá à noite.

Quaisquer que sejam as respostas oficiais, como acreditar nelas? Em julho de 2012, a promessa foi de “atendimento médico 24 horas, todos os dias da semana” para a população do Vale do Sol e menos de dois anos depois fecharam a unidade. “Nesse local pode-se vencer uma etapa importante da nossa história, que é salvar uma vida”, disse o perfeito durante a inauguração da Sala que depois foi fechada.

“Uma obra desta magnitude aumenta a autoestima dos moradores”, afirmou, na época, o vereador e presidente da Câmara, Aluisio Braz (Boi).

Leia mais no jornal Araraquara Livre.

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