Os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) de Araraquara decidiram, em assembleia realizada ontem, 25, na sede do SISMAR, permanecer em estado de greve até que a Prefeitura cumpra o que ficou estabelecido na audiência com a Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE).

Os principais tópicos do acordo entre Prefeitura, GRTE e servidores são: o trabalho em dupla para garantir mais segurança (que já começou), a designação de pessoal para limpeza (ainda não cumprido) e a mudança de prédio para o antigo Pronto Socorro do Melhado (que deve acontecer nos próximos 60 dias).

Até lá, serão eleitos quatro delegados de base entre os ACEs (dois titulares e dois suplentes).

Por enquanto, as mobilizações estão suspensas. Mas, como o estado de greve está mantido, os ACEs estão em assembleia permanente e a qualquer momento é possível que o grupo se reúna novamente para deliberar sobre novas ações.

Uma nova audiência está marcada para o dia 24 de abril, quando a Prefeitura deve trazer resposta de vários itens da pauta de reivindicações dos ACEs, incluindo informações sobre o pagamento de adicionais de risco e outras gratificações, sobre a terceirização do combate à dengue (considerada irregular pelo próprio Ministério do Trabalho) e sobre a possibilidade da redução da jornada em dias com pouca umidade ou muito calor.

Histórico

Os ACEs estão desde o ano passado batalhando por melhorias nas condições de trabalho, mas só foram atendidos este mês, após ameaçarem uma greve. O secretário Wilson Aravechia recebeu os ACEs e o SISMAR em uma reunião um dia antes da audiência na GRTE. Aravechia se mostrou bem solidário aos ACEs.

Ele não estava na audiência na GRTE, mas os demais representantes da Prefeitura assumiram diversos compromissos em ata. O fim do estado de greve dos ACEs depende da Administração cumprir o que ficou combinado.