Um grupo com mais de 20 Agentes de Combate a Endemias (ACE) foi hoje, 13, ao Ministério Público do Trabalho para denunciar as péssimas condições de trabalho e o assédio moral com as quais são obrigados a conviver diariamente no serviço.

Eles apresentaram vários documentos, entre eles alguns holerites, para comprovar que os funcionários da terceirizada ganham mais do que os servidores. Também levaram ao conhecimento do MPT um abaixo assinado por mais de 50 servidores pedindo a limpeza da sede das Vigilâncias em Saúde.

As principais denúncias foram de assédio moral: servidores humilhados na frente dos funcionários da terceirizada, ameaças de retaliação e até a recusa de atestados médicos.

Uma das Agentes teve câncer e seu médico a proibiu de ter contato com produtos químicos. Mesmo com atestado, esta servidora está escalada para fazer a nebulização, trabalho que exige a operação da máquina com produtos químicos fortíssimos.

Em outro caso, o médico da servidora atestou que ela não pode carregar peso por causa de problemas nos joelhos. Mesmo assim ela também está escalada para a nebulização, com equipamentos que podem pesar até 10 quilos.

Os Agentes estão em estado de greve. Eles exigem que a Prefeitura abra negociação para atender às suas reivindicações por melhores condições de trabalho e por mais segurança, exigências feitas ainda em 2013.

A partir de segunda-feira os ACEs podem parar as atividades e algumas manifestações estão previstas para a semana que vem, como panfletagem, passeatas e paralisações.