Os Agentes de Combate a Endemias de Araraquara decidiram ontem, 12, entrar em estado de greve por melhores condições de trabalho e por mais segurança.

A partir de segunda-feira, 17, os Agentes podem paralisar as atividades a qualquer momento, caso a Prefeitura não abra negociação. Panfletagem, passeatas e outras mobilizações estão previstas para a semana que vem.

Mais da metade dos agentes esteve na sede do Sismar inconformados com a demora da Prefeitura em responder às suas reivindicações, protocoladas na Administração ainda em 2013. As condições de trabalho que eles enfrentam tanto no prédio quanto no trabalho de rua são péssimas.

No prédio das Vigilâncias em Saúde, o número de banheiros é insuficiente e eles estão entupidos com frequência, faltam materiais básicos, como papel higiênico, e o cheiro de esgoto é forte na hora do almoço, além do fato de não haver um refeitório adequado para os servidores. Lembrando que a Vigilância Sanitária municipal, órgão que fiscaliza esse tipo de situação nos estabelecimentos comerciais da cidade, fica no mesmo prédio.

Na rua, os Agentes de Combate a Endemias trabalham sozinhos e se deparam com situações de extremo risco, como casos de assédio sexual e agressões físicas. A maioria dos agentes é de mulheres.

Uma das reivindicações dos Agentes de Araraquara é trabalhar em duplas para garantir mais segurança durante as atividades.

Em Uberlândia (MG), uma Agente foi morta em 2012 durante uma vistoria em uma casa. O morador permitiu que ela entrasse para fazer seu trabalho, a matou e ainda enterrou o corpo no quintal. A notícia foi dada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Denúncia

Hoje, 13, os Agentes vão ao Ministério Público do Trabalho (MPT) às 17 horas para entregar denúncias graves contra a gerência da Vigilância Ambiental. A maior parte diz respeito à terceirização do serviço de combate à dengue e muitos casos de assédio moral contra os servidores.