Os professores da rede municipal de Ribeirão Bonito que não atenderam a vontade da ex-diretora de Educação, Maria Isabel Silva, e não ampliaram sua jornada, foram deliberadamente prejudicados pela Administração e pela Câmara.

A Lei, enviada pela Prefeitura e aprovada em março pela Câmara, privilegia apenas os que aceitaram aumentar a carga horária. Eles foram beneficiados com mais horas de Atividade de Trabalho Pedagógico Livre (ATPL). Para esses, 50% dos ATPs são Livres, para os outros, apenas 25%.

Com a nova regra, os professores que não ampliaram a jornada (que são maioria) vão ficar mais tempo do que os demais dentro da escola.

“A Lei do 1/3 veio para garantir qualidade de vida aos professores, que sempre fizeram suas atividades de elaboração e correção de provas e trabahos em casa, nas horas vagas”, alerta Agnaldo Andrade, diretor do Sismar. “Mas Ribeirão Bonito retrocedeu. Tirou qualidade de vida da maioria dos professores reduzindo os ATPLs e aumentou os custos para os cofres públicos, uma vez que o Município terá que arcar com o consumo gerado pelos professores mais tempo dentro da escola”, completa.

Os vereadores que aprovaram o projeto, ignoraram o argumentos do Sismar e dos professores.

“O Sismar acompanha a situação de perto e exige estrutura adequada para o professor”, conclui Andrade.